quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Como emplacar o seu release? Sua pauta é trash? Leia as dicas de um influente jornalista de política e que trabalha no maior jornal do país.

Ele prefere não se identificar para evitar saia-justa com as assessorias de imprensa. Leia abaixo e entenda um pouco o que os jornalistas esperam do assessor de imprensa – e o que eles acabam encontrando.

Quantas sugestões de pauta/release um repórter recebe, em média, por dia?
No meu caso, ao menos três pautas exclusivas todos os dias, fora algumas dezenas de releases e comunicados. Ainda bem! Quanto mais acesso à informação, exclusiva ou não, melhor.

E o que você faz para selecionar o que é trash e o que é pauta de verdade?
No meu caso, como trabalho muito e tenho muitas fontes, graças a Deus, é muito raro alguma pauta vinda de assessoria de imprensa de empresas vingar. Porque, em geral, quando ela está na mão no assessor é porque já passou por todas as instâncias da empresa que ele representa, dificilmente é algo tão quente. Se for furo, é claro, ninguém é louco de dispensar. Mas dificilmente é.

Como é o release de imprensa ideal para você?
O release conciso. Mas acho um pouco cara de pau repórteres reclamarem de releases, como se o assessor de imprensa tivesse que trabalhar para nós. Diria que um release que vai direto ao ponto, organiza bem a visualização das informações e dados, sem enrolação, é o que mais facilita. Mais importante que o release é estar sempre achável, ter seu telefone (de preferência, celular) bem fácil de achar no site do cliente e no site da assesoria.

É verdade que você recebe muita ligação de follow-up com a voz melosa e intimista, do tipo: "olá, querido, você recebeu meu release?"? (rs)
Sim! No fechamento é ruim, atrapalha o trabalho. Em outros horários, tudo bem, é o trabalho do assessor.

O tamanho/nome da assessoria de imprensa influencia se a pauta vai "vingar" ou não?
Não, de forma alguma.

E o nome do assessor de imprensa?
Aí sim. Não por se famoso, mas um assessor com mais credibilidade, que entende muito do que fala, que já te passou um milhão de coisas e nunca mentiu, pode ser sinal de uma pista boa.

Qual o conselho que você daria a um assessor de imprensa?
Um bom assessor, em geral, fala com muitas pessoas, tem muito acesso à informação. Compartilhar essas informações com o repórter é bom para o relacionamento e quem ganha é o leitor, o cidadão. Não se trata de troca de favores, mas de se tornar uma voz conhecida _e ninguém atende mal uma voz conhecida, mesmo que se esteja na correria. Ah, e importante: falar sempre a verdade.

4 comentários:

Mariana disse...

Muito boa a entrevista. Agora o que faço com a curiosidade de saber a fonte??
Rsrsrs...
Estou adorando o blog!

Unknown disse...

Gostaria de fazer algumas perguntas para esse jornalista. Sou estudante de Jornalismo da FACHA no Rio de Janeiro e estou fazendo um trabalho para a matéria assessoria de imprensa, exatamente sobre release e contatos.
Gostaria de saber como eu posso me comunicar, seria bastante interessante essa entrevista.
meu email é : gabriela_mendes17@hotmail.com
por favor agurado uma resposta.
Obrigada
Gabriela

Anônimo disse...

Ótima entrevista. Para quem é assessor é muito útil saber o que um jornalista pensa dos releases.

Tenho uma dica boa pra quem quer divulgar o seu release. É o site Difundir (www.difundir.com.br). É um site gratuito tipo o Comunique-se só que Web 2.0 e com destaque para fotos.

albuquerque júnior disse...

[amigo KIYOMORI ANDRÉ,

muito bacana o conteúdo.
recém-formado, estou prestando serviço voluntário como analista de comunicação numa ONG.

a verdade é que nos preparamos muito mais pra mídia que qq outra coisa...

mas é isso...

gostaria que postasse o link para seguidores; assim, fica mais fácil ficarmos conectados por aqui.

prezado, foi um prazer e parabéns pelo sucesso alcançado até agora na vida.

Deus nos ajude.
A todos nós!]